segunda-feira, 16 de março de 2015

# pede cachimbo



Sobre o que o se viu neste domingo, apenas mais do menos.

Mas não me refiro às pautas, à (o)posição ou aos seus interesses, pois isso é do jogo -- falo, pois, da parcela que legítima e democraticamente protesta contra o PT e o governo (ou, contra as "políticas" atuais, como aqui).

Ocorre que a outra parcela da população, aquela do "golpe" ou do "impítiman" -- nas ruas menos de 3% dos votos que a direita teve no 2º turno, ainda que se acredite nas mentiras quantitativas convenientemente infladas por uma mídia abjeta --, a cada ato que promove rebaixa-se aos mais sórdidos e inimagináveis níveis, o que a torna até caricatural.

Embora, confesso, vendo na manhã de ontem aquela marcha de zumbis em verde e amarelo, lobotomizados em suas falas e trejeitos sob uma onda paralela que surge das profundezas e desemboca noutra dimensão, tenha sentido um misto de pena e paúra da nossa espécie.

O alimento desta gente? Um coquetel em que se destaca o ódio homeopaticamente dosado pela grande mídia e engolido pelo umbigo.

Fico, assim com a ideia de Joseph Pulitzer, cujo nome dá título ao maior prêmio do jornalismo mundial e que muito bem ilustra quem publica e o seu público:

"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma".