segunda-feira, 8 de setembro de 2014

# zumbília


Apesar de todo o blá-blá-blá sem sentido algum, muito bem se sabe o que se terá com Marina Silva na presidência da República: uma sopa rança temperada com raspas de tucano.

Não é medo preconceituoso, mas simples fobia conceitual da nossa recente história. 

E se Marina, a Gandhi amazônica, não precisava de mais provas do que pretendia sob os escombros do seu discurso vago, lunático e dissimulado, eis que pululam fatos.

Marina, com esteio no seu merchand da "nova política", traveste os farrapos da trupe neoliberal que se imaginava trancafiados num baú ou presos para sempre num passado (ainda) remoto.  

Marina, uma espécie de unicórnio da política, quer um banco central independente, e ao mesmo tempo quer a soberania econômico-financeira do Brasil.

Marina, herdeira única do trono episcopal, é contra as políticas de direitos de homossexuais, mas ao mesmo tempo é contra a discriminação de orientação sexual.

Marina, uma metamorfose anódina e histriônica, não aceita, mas também não recusa, doações de empresas de bebida, de tabaco e de agrotóxicos.

Marina, no seu jeito vaga-lume de ser, não é a favor e nem contra os transgênicos, nem quer e nem desquer a reforma agrária, apoia e desapoia as lutas no campo..

Marina, a Viúva Branca (v. aqui), diz, desdiz, contradiz e rediz coisas, as mesmas coisas, a todo instante e sobre variados temas, num circunlóquio constrangedor.

E não bastassem estas (e outras tantas) peripécias da candidata canonizada pela classe média brasileira e pelos discípulos de junho de 2013 (v. aqui e aqui), eis que Marina vem se superando.

Agora, vejam só, ela é contra a revisão da lei de anista aos torturadores da ditadura militar (v. aqui).

Diante de tão inusitada postura, os velhos milicos do Clube Militar do Rio de Janeiro, antro mofo dos reacionários de carteirinha, declaram-se fiéis eleitores da mítica candidata (v. aqui). 

E nada mais é preciso dizer.

A não ser cogitar o próximo ressuscitado: o barbeiro, da doença de Chagas.