sexta-feira, 23 de maio de 2014

# favas contadas

 
A chance de Dilma não ser eleita é zero.
 
Seria pelo ótimo governo que faz? É claro que não, pois não faz.
 
Seria pela falta de democracia político-partidária no país? É claro que não, pois não nos falta.
 
É, simplesmente, pelo absoluto caráter jocoso dos outros dois notáveis candidatos.
 
O primeiro, Aécio Neves, neto de um ex-quase-Presidente, é uma piada.
 
É o atraso do atraso do atraso.
 
É da turma neolibelô dos anos 90, daquele mesmo pessoal crente no Deus-mercado, no super-mercado e nas bravatas piratas e baratas das privatizações de tudo e de todos (v. aqui, aquiaqui e aqui).
 
É uma gente démodé, que sempre tentar voltar com aquele discurso cômico do "xoque de jestão" e aquela cantilena thatcherista – "não há alternativa!"  que quebrou parte do globo, para desespero do capital produtivo e de trabalhadores, e que disseminou crises mundo afora, para delírio dos donos do poder e do sistema financeiro. 
 
Ora, Aécio não tem nada além de arroubos perfumados e do ranço dos manuais ortodoxos de Economia, conservadores de Direito e reacionários de Política.

E terá, pois, seus pouco mais de 20%, como há doze anos sói acontecer, ainda que a reboque de todo o poder midiático e seus queridos heróis demo-tucanos.
 
O segundo, Eduardo Campos, outro neto de outra figura histórica, é o nada. 
 
É o avesso do avesso do avesso.
É da turma que não sabe o que quer, que não sabe para onde é mais convenientemente correr e que promove um discurso vão, vazio e repleto de contradições com seus verdes, azuis e vermelhos a tiracolo (v. aqui, aqui e aqui).
 
É uma gente obtusa, ansiosa por se mostrar abraçada a um mundo colorido, de fantasias e unicórnios, ao mesmo tempo em que nas entranhas carrega as mesmas espécies sórdidas, sujas e malvadas que perambulam por qualquer ambiente político-partidário.

Ora, Campos não tem nada além de espasmos requentados, e esse requentado não presta, pois logicamente ininteligível e pragmaticamente estéril em qualquer ciência.

E terá, pois, seus pouco mais de vinte minutos de fama, salvo seja  soerguido pela grande e desesperada mídia como o mais novo mutante.
Enfim, é como o mantra que há tempos um grande amigo carioca professa: "Vai ter Copa! Vai ter Belo Monte! E não vai ter 2º Turno!" (v. aqui)

Só esperamos que para o próximo quadriênio Dilma e o PT mudem, para que reguiem o leme à esquerda.

E parem, definitivamente, de dançar com o diabo (v. aqui).