quarta-feira, 24 de novembro de 2010

# razão de ser


fdsVendo o que acontece na baixada fluminense, e aos poucos nos arredores nobres da cidade, pergunto-me: e por que cargas d´água essa gente toda, estes bandos de criminosos, esta podre turma toda que vê o Estado chegar e reocupar o território, realmente não entra para detonar, para realmente aterrorizar, para uma guerra?
fdsPor que ficam só nessa de atear fogo num carro ali, num ônibus acolá? De fazer um arrastão hoje, outro amanhã? O que temem? O que têm a perder? O que os leva a não "quebrarem tudo"?
fdsPorém, não se tenha ilusão: isso irá acontecer. E não como uma mera onda. O narcotráfico não irá se render antes do seu all in.
fdsFeche-se a cortina.
fdsDo mesmo modo, embora na contramão do comportamento acima, e nunca distante da realidade das coisas vistas no mundo extramuros que, por vezes, arriscamos nos meter, surge o enigma presente nas atitudes e no ser de toda aquela gente sofrida, humilhada, destruída, arruinada, vilipendiada pela miséria econômico-social, mas que, diuturnamente, vive dentro da lei, no mundo da ética e... em paz.
fdsE vem à mente, pela enésima vez, aquela velha discussão entre Hobbes e Rousseau, entre o nascer e o tornar-se, entre o homem e o meio, entre o homem-mau e a sociedade-perversa.
fdsDilema que, não fosse a maior premissa dogmática que me acalenta, a cristã, deixar-me-ia pairado sob essa eterna dúvida existencial.
fdsPor quê?