domingo, 9 de agosto de 2009

# bigode maldito: a mídia hoje e o glauber ontem



Por que será que só agora, 40 anos depois, a grande mídia nacional resolveu destruir José Sarney?

Por que nunca o fez antes?

Por que jamais divulgou a história desta peste que jamais pensou o (e no) Brasil e, pior, que na modernidade foi o maior responsável para o Maranhão ser um dos lugares mais pobres do país?

Elementar meus caros.


É que agora ele -- como todo o PMDB -- aparenta ser um promotor do Governo Lula e da eleição de Dilma em 2010, relativamente importante haja vista o seu poder partidário e regional no cenáro político; portanto, a "descoberta" é pura conveniência e hipocrisia, grande desespero e deslavado interesse demo-tucano apoiado pela grande mídia.


Isso, evidentemente, não significa que se deva esconder o que foi e o que fez esse homem, que está no cenário público-político, juntamente com sua famiglia, desde o início do século passado.

Inclusive parte nascente dessa tragédica trajetória pública do clã Sarney pode ser muito bem vista numa preciosa curtíssima-metragem de Glauber Rocha, "Maranhão 66", que originalmente fora encomendada pelo próprio José Sarney -- por intermédio da família Barreto, que incauta (ou não) indicou o jovem Glauber para fazer o filme -- em sua posse no governo daquele Estado nordestino, em 1966, mas que não fora utilizado para esse mesmo fim, por motivos que, assistindo o filme abaixo, são óbvios...

Por sinal, Glauber baseou-se neste infame homem da política nacional e maranhense -- hoje Senador pelo Amapá (?!) -- para criar o personagem Porfírio Diaz, protagonista do filme "Terra em Transe" e que foi interpretado pelo grandioso Paulo Autran.


"Terra em Transe" 

ds