quinta-feira, 9 de outubro de 2008

# o futuro (do presente) da crise em cadeia


Antes que nos últimos dias os governos dos Estados Unidos e da Europa se pusessem a liberar dinheiro para salvar bancos e grandes empresas, em julho, Ignácio Ramonet, diretor do jornal "Le Monde Diplomatique", havia escrito o artigo "Las Tres Crisis", no qual asseverava que, "por vez primera en la historia económica moderna, tres crisis de gran amplitud -- financiera, energética, alimentaria -- están coincidiendo, confluyendo y combinándose. Cada una de ellas interactúa sobre las demás. Agravando así, de modo exponencial, el deterioro de la economía real".

Para Ramonet, um dos fundadores do Fórum Social Mundial, por mais que as autoridades atuem, o mundo está frente a um verdadeiro terremoto econômico de magnitude inédita, cujos efeitos sociais apenas começam a ser sentidos, podendo ser detonados com toda violência nos próximos meses -- "[l]o peor nunca es seguro y la numerología no es una ciencia exacta, pero el año 2009 bien podría parecerse a aquel nefasto 1929...”.

Ainda, lembra que no mundo de hoje até a agricultura se transformou em algo extremamente financeiro, sendo um momento definitivo para os Estados e os cidadãos del otro lado del río -- como já o começa a fazer a América Latina e o G-20 -- dizerem “¡Basta!” para este saldo deplorável "que deja un cuarto de siglo de neoliberalismo: tres venenosas crisis entrelazadas" (v. aqui).