domingo, 10 de julho de 2005

# gênese moderna em dia de clássico

Dizem alhures que estamos diante do apocalipse, ou, talvez de modo conjugado, que finalmente descobre-se a nascente de todos os males imediatamente responsável pelo dia do juízo final. Não acredito, puro engodo.
Trata-se, na verdade, de mais uma falácia propalada pelo baixo clero, reflexo da sua lânguida decadência no novo mundo do futebol nacional.
O futebol não dá mais espaço para amadorismos, de dirigentes, de atletas ou, principalmente, de torcedores, que ululam por bobagens como novas cantinas, novas salas, novo campo ou uma nova vitória contra times de belém do pará.
Chega a ser cômico ver o que aconteceu neste domingo. Não queríamos, não fazíamos questão e não nos importava o resultado do jogo; e, para isso, dispusemos de um time ‘B’ (e olha que nem no ‘A’ temos muita coisa para oferecer) para se entreter e treinar. Em suma, jogamos com um time reserva, para um público mandante despretensioso e com jogadores abaixo do medíocre. Mesmo assim, o outro lado não conseguiu sequer um empate.
Definitivamente, não penso estar diante do fim do mundo; penso, apenas e indubitavelmente, estar diante de um mundo novo, que deixa para trás o paleozóico tempo do futebol - aquele dantes jogado e motivado por velhos, assistido por polaquinhas de bochechas rosadas e enfeitado por araucárias - e que acaba com quaisquer esperanças de um retrocesso, a deixar apenas a nostalgia da memória e as edições setentistas da revista placar para deleite das gerações vindouras.
Hoje, sabe-se que o novo mundo do futebol, já na era pós-moderna, exige dos clubes a velocidade e o comportamento revolucionário de um furacão. E isso apenas um clube do sul apresenta-se e consolida-se internacionalmente como tal, com atitude, estrutura e resultados.